sexta-feira, 23 de abril de 2010

toc toc. Bateram na porta.

- Quem é? - respondeu a menina quase mulher. Cabelos claros, bagunçados pelo sono e pelo horário avançado da noite.

- Sou o amor - respondeu uma voz jovial, firme e segura.

- Eu te conheço? - indagou mais uma vez a pequena pessoa amendrontada e curiosa.

- Ainda não me conhece, mas gostaría que você me conhecesse. Tenho certeza que você irá gostar de mim. Posso te dar uma coisa que você desconhece, cheiros que nunca antes sentisse e vontades que tu experimentou. Espero conseguir flores vermelhas para teu inverno e brisas do mar para teu verão. Quero te tornar única e especial. Farei de você a felicidade, límpida e única. E quando tudo ficar cinza, prometo trazer o sol devolta, custe o que me custar.

- Vai embora! - disse a menina. E chorou muito o resto da noite.

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