Acabei me sentando ali, defronte a ela. Ela começou a dançar e a tirar a roupa. Os seios pequenos viram a luz daquele arrumando, porém sujo. Sujo pelos menos pensamentos, pela minha raiva e minha devoção.
Lembrei da minha família. Minha mulher e minha infelicidade. A família tinha um cheiro de desgraça no ar e acabou por deixar um pouco mais escuro o trepido cubículo no qual eu me encontrava.
A minha acompanhante noturna, meio tonta, acabou escorregando em pleno ato de ritual de erotismo que me proporcionei por setenta dólares. Uma lágrima diminuta acabou escorrendo pelo meu rosto.
Infidelidade. Morte. Desgraça. O caos tinha tomado conta da minha família. Eu não sabia o que fazer. Era o chefe de uma repartição anárquica. Morte ao rei, gritavam eles com os olhos cheios de ódio, segurando machados e foices.
- Você não parece feliz. Disse a jovem de peitos pequenos.
I'm alive
I'm dead
I'm the stranger
Killing an arab
- Eu sou uma pessoa triste. Respondi sem pensar.
- Eu sou sua felicidade, disse ela e acabou por começar e me segurar das minhas partes íntimas.
Senti nojo de mim, nojo dela e nojo do mundo. Estamos indo ao inferno e não sabemos o objetivo do mesmo. A terra é apenas um ritual satânico onde somos as cabras que irão ser sacrificadas sob o olhar petulante daquele que não se importa por nós.
Killing an arab
Killing an arab
- Você parece que não gostou de mim. Queres que chame um amigo que mora aqui ao lado?
- Sim. Respondi sem objetivar nenhuma palavra daquela boca vermelha.
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