quarta-feira, 15 de junho de 2011

As brisas do horizonte

Conheci o verdadeiro amor aos 17 anos. Uma menina birrenta, louca, de olhos verdes (ou seriam azuis?) e cabelos revoltados pousava sua cabeça no meu colo. Eram tempos fáceis, onde não acreditávamos que o amanhã seria a mesma coisa que o hoje.

Na beira da praia iniciamos um belo ritual de namorados. "Sempre que possível, quero ver o amanhecer do sol contigo", ela disse sorridente.

E acabaram sendo tempos bons, as juras de amor eterno não perduraram tanto quanto eu gostaria. Chegaram decepções, lamentos, e retaliações. Caímos num buraco. Voltamos, nos amamos em todos os lugares possíveis. Ela foi viajar e não voltou mais.

Encontrei com ela anos depois, numa festa de amigos em comum. Eu estava com uma nova namorada que, de certo modo, lembrava o jeito dela. Ela sorriu pra mim e disse:

"tu não muda nunca."

Mas eu discordo. Mudamos sim. Temos a necessidade e a capacidade de mudar tudo ao nosso redor. O que não consegui mudar ainda é sentir saudades quando vejo uma foto dela sorrindo.

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